Comente, colabore e conteste! Dicas de finanças pessoais nada fictícias de uma personagem que faz o que pode para o vil metal não virar dívidas impagáveis, descontrole financeiro, miopia ao se ver "zeros" onde não existem, e outros efeitos colaterais do acesso ao crédito.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Renda fixa, perdas e mico
Desta vez, um colega meu foi surpreendido com um "seguro" fundo renda fixa dando prejú. Ou seja, ao invés de registrar aquela rentabilidade normalmente um pouco acima da poupança, o que houve foi uma perda da grana depositada no mês.
Isso ocorre por conta da disparada dos juros e a crise mundial. Como fundos de renda fixa investem em ativos prefixados, os juros pagos por esses títulos são definidos na hora que os títulos são comprados e essa taxa de juros tem muito a ver com o sentimento do mercado no momento.
Quem compra o título num momento céu de brigadeiro, tende a receber um juros baixo, porque a percepção é de que tudo vai bem. No caos generalizado que temos enfrentado nos últimos meses, a percepção de risco disparou, assim como as taxas dos novos títulos prefixados. Quem estava com um título antigo, do tipo "céu de brigadeiro", ficou com um mico e os fundos passaram a registrar perda.
Ao meu ver, a jogada não é sacar o dinheiro agora, já que a perspectiva é de que os juros de prefixados subir. Contudo, quem não quer ver o dinheiro passar por "rentabilidade negativa" tem que aplicar em poupança - mas ainda assim correr o risco comum de ver o rico dinheiro comido pela inflação, que normalmente sobe mais que a poupança.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
O banquinho da foto abaixo faliu
Olha, dá para se perder no número de andares do Washington Mutual, que decretou falência, sexto maior banco dos EUA e considerada a maior falência no país até o momento. O UOL traz mais informações sobre a crise. A Bolsa de SP, até o momento, cai.
Com base nas infos do Flicker, a simpática foto acima é da sede da instituição.
Passeando pelos blogs, alguns comentaristas admitem que já recebem e-mails se deveriam tirar recursos aqui no Brasil deste ou daquele banco. Até o momento, o tom é de que as regras aqui são mais rígidas, porque passamos por um montão de crises e que nenhuma instituição está descoberta como nos EUA.
A paulada maior deverá ser a escassez de crédito, mas o BC já está afrouxando um pouco o compulsório, o que deverá dar algum respiro.
Acho que vou parar um pouco de falar de investimentos e analisar mais consumo... Bom fim de semana para todos!
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Vale e Petrobras: montanha-russa que só desce?
Taí algo que não esperava: Vale + Petrobras compõem mais da metade dos ativos em fundos no país. E os investidores desses fundos - eu e você - estamos sendo surrados. É o que alguns amigos sentem.
Mas, calma lá. Se limitarmos nossa análise para o desempenho este ano, o mundo será bem mais cinzento. Afinal, as ações da Petrobras caíram 23% até dia 12; e as da Vale, 28%.
Se pensarmos na variação nos últimos 24 meses, houve ganho de 44% com Petrobras; e com Vale, 89,99%.
Quem está na festa faz tempo, não ficou só com a ressaca.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Mais detalhes sobre mulheres e investimentos
A Quórum Brasil me explicou por e-mail o caminho das pedras para conferir a pesquisa completa sobre mulheres e perfil de investimento. Confira, seja você homem ou mulher! Uma das coisas bacanas identificadas é que quanto mais primaveras vividas, mais a mulher tende a poupar para garantir o sustento da família. Hmmmm... Mamãe é assim!
De quebra, uma das conclusões alcançadas:
"A busca de informações sobre investimentos com o marido ou namorado não impede as mulheres de enxergar nos parentes a fonte mais confiável para estas informações."
Ou seja: os maridos e namorados são a principal fonte, mas não as únicas!
Um limão bem azedo
E o Lehman Brothers, com um passivo de quase metade do Produto Interno Bruto brasileiro, pediu água. Isso causou o mega alvoroço de ontem no mercado financeiro, pois todas as instituições andam de mãos dadas, ou seja, todas adquirem e revendem ativos uma da outra. Na brincadeira, tem muito banco por aí com um mico do limão. Isso é repassado para o investidor acionário num primeiro momento.
A foto da Folha de S.Paulo de hoje me espanta - parece até que os executivos da Price estão submergindo. Em ativos, o Lehman tinha US$ 639 bilhões, mais de 10 vezes do que a Enron quando quebrou. Este é um limão pingado nos olhos. E colírio tá em falta.
Entrar ou sair da Bolsa? Entrar só para quem tem sangue frio. Ficar, só para quem tem mais sangue frio ainda e não se importa de viver alguns anos bem turbulentos adiante.
sábado, 13 de setembro de 2008
Como as mulheres lidam com as finanças?
Mas agora, vamos ao que interessa. Vi na página D1 em um Valor da semana passada dá um raio-x muito jóia para entendermos o que nós, mulheres, estamos fazendo com o nosso rico dinheirinho.
Brutamonte se engana ao pensar que torrar em roupa é a primeira coisa que passa pelo cartão de crédito de uma mulher. Educação é o que consome o maior montante do salário, segundo levantamento da Quorum Brasil. Vestuário fica em oitavo lugar, duas posições atrás de "investimentos". Foram ouvidas 300 mulheres da capital paulista entre 20 e 35 anos com renda mensal de R$ 800 a R$ 5 mil.
Mas se derem alguma roupinha legal, eu é que não vou reclamar!
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Bolsa, bossa e chorinho
sábado, 14 de junho de 2008
Bancar a educação do filho
Tem as fraldas, pediatra, brinquedos, festinhas, tudo. Mas minha colega pergunta para eu tentar responder aqui: tem como financiar a educação do filhote?
Não considero essa uma tarefa fácil, em especial se o filho(a) for estudar sempre em escola particular. Não há plano de previdência educacional que supra essa necessidade. Faz-se necessário adaptar as despesas para acomodá-las em um orçamento mais enxuto. Ou então, ganhar-se mais (fácil!).
No caso de quem vislumbra financiar parte da vida educacional do rebento, poupar pode ser uma boa. Confira na sua instituição bancária quanto você precisa reservar por mês para conseguir uma renda de R$ 1 mil por cinco anos na época da faculdade. Será um alívio para o bolso e a garantia de continuidade de ensino.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Saiba comparar fundos
Tenho ouvido de um colega meu no trabalho que olhar lista de rentabilidade de fundos em jornais é uma prática usada por ele para escolher onde aplicar. O problema é que tudo começa a embaralhar e aí fica difícil de decidir o que fazer.
Eis que hoje (ou ontem) foi para o ar uma ferramenta bem bacana da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) para analisar fundos de investimento mesmo se forem de diferentes instituições. Confira! Ele puxa tudo, inclusive taxa de administração, performance e rendimentos!
terça-feira, 20 de maio de 2008
Afinal, o brasileiro ignora a aposentadoria ou não?
A notícia serve um pouco de contraponto para um interessante levantamento sobre planejamento para aposentadoria recentemente divulgado pelo HSBC, também disponível no Folha Online.
Em um primeiro momento, isso me parece meio contraditório. Se as pessoas tendem a se planejar menos, por que é que a captação é recorde?!?
Uma leitura possível é que pouca gente se importa em planejar o futuro. E os poucos que se importam, estão investindo mais. Hmmmmm... Será?
"Usar para as flores de hoje ou guardar para as de amanhã?"
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Obrigado por fumar!
Errado.
Na quarta-feira passada, as ações ON (com direito a voto) da Souza Cruz foram um dos destaques, subindo mais de 4% em um só dia e chegou a 11,89% na semana passada. O fato por trás eram dois, o aumento da renda da população, o que leva ao consumo e o fato de os investidores estrangeiros terem sacado isso. Em coluna de Adriana Cotias, do Valor, o analista Luiz Cesta, da Espírito Santo Research aponta que a melhoria na renda das famílias faz com que o consumo de cigarro contrabandeado caia, aumentando o lucro das empresas do setor que operam na legalidade, que compartilham bastante dividendo.
Achei bem interessante. Embora muitos não sejam fãs de cigarro, e declarem que jamais comprariam um papel de uma empresa deste tipo, acabam investindo por "tabela", ou seja, tem um fundo que investe em empresas que compõem o Ibovespa, ao qual a Souza Cruz faz parte.
De quebra, assista Obrigado por fumar, quando puder. Excelente! E, além disso, segue uma crônica espetacular de Moacyr Scliar, na Folha de S.Paulo de hoje
terça-feira, 13 de maio de 2008
CDB em alta: o lado bom da crise ruim dos EUA
segunda-feira, 12 de maio de 2008
A impossível arte de saber quando sair da Bolsa
- o artigo Emoção e investimento em bolsa, mistura perigosa, sobre o impacto da emoção em investimento em ações, de autoria de Mauricio R. A. Carvalho, veiculada no Valor de 6/5;
- a notícia, no Valor de 7/5, que as carteiras de ações voltam a atrair investidores por conta de a rentabilidade ter subido, puxada pelo grau de investimento.
Na minha visão, os conteúdos se complementam.
Mauricio apresenta que a tolerância a quedas é muito rara no investidor e alerta para a necessidade de não nos deixarmos levar pelas emoções. O professor MBA do IBMEC-SP e sócio da Portfolio esclarece que ninguém sabe quando as ações cairão ou subirão e mesmo equipes preparadas dão seus escorregões – vide multimercados e a crise recente. Segundo ele:
"Nos 62 meses decorridos desde o início de janeiro de 2003 até o fim de fevereiro de 2008 (...) o Ibovespa acumulou uma rentabilidade de 463%. (...) Se nesse período de 62 meses, que foi espetacular para investimentos em bolsa, ele (investidor) tivesse ficado fora nos oito melhores meses, ou apenas 13% da amostra, seu rendimento acumulado teria caído para 117% – abaixo do CDI."
A matéria do dia seguinte do Valor dá conta do aumento da captação dos fundos de ações, que chegou a R$ 357 milhões. O fato de o Brasil ter conquistado o grau de investimento foi o motivador para atrair investidores "oportunistas".
Será que os oportunistas que saíram antes do grau de investimento e depois voltaram para os fundos de ações ganharam com a movimentação? No artigo de Mauricio, encontro algo que poderia servir de resposta: É muito melhor manter os investimentos e agüentar as quedas (...) para depois aproveitar as subidas. Eu concordo!
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Não vamos nos afobar!!!
Mas, calma lá... Não vamos nos afobar! Independente da bonança, é bom levar em conta que é um investimento de longo prazo, como ressaltam especialistas ouvidos pela Folha. Não é possível dizer por quanto tempo essas altas contínuas seguirão. Há quem diga que uma outra agência de risco precisará seguir a S&P e declarar que o Brasil é "confiável". Somente com este movimento se ganhará a confiança de gestores para aplicar recursos aqui.
Analistas também não descartam que o cenário externo irá influenciar. Afinal, se os EUA pararem de comprar, surge a percepção que todo o mundo perde.
Então, leitor, não vá vender a sua casa para investir na Bolsa! O "grau de investimento" aumentou a auto-estima do setor financeiro, mas não vamos acreditar que tudo sobe para sempre!
domingo, 4 de maio de 2008
Perdas em fundos: herrar é umanu, mas paciência tem limite
É neste último ponto que leva-se a discussão para um outro nível. Afinal, que a crise pegou muitos gestores no contrapé, isso já se sabe – em especial os de multimercados – e os resultados foram ruins para todos. Mas sentiu mais quem não tinha tolerância para o risco ao qual estava exposto e isto leva a responsa para quem administra os recursos, o alocador. É ele quem orienta o investidor a colocar os recursos em X, Y ou Z, dentro do perfil.
Em suma, todo humano erra – inclusive o que gerencia os seus recursos ou quem os aloca. Mas o gestor competente deve acertar mais que errar. Se não é o seu caso, analise seu perfil de investidor ou procure uma outra opção de investimento rapidinho.
sábado, 3 de maio de 2008
E se eu deixar PGBL e VGBL de lado e investir tudo em fundo de ações?
Duas reflexões sobre o tema:
- cabe saber se o perfil do investidor é arrojado. Há planos VGBL e PGBL que aplicam até 49% em papéis de renda variável, o que inclui ações. Os fundos de ações, contudo, podem aplicar tudo em ações. Ao se ter até 49% em renda variável, se o mercado despenca, sente-se um belo baque. Se está em um fundo de ações, a exposição tende a ser maior
- o imposto sobre os planos de previdência é inferior ao dos fundos de ações convencionais – isto é, se o dinheiro permanecer aplicado por mais de 10 anos no caso da tabela regressiva;
No meu entender, para expor muito o dinheiro da aposentadoria, deve ser bem tolerante a perdas – e não apenas aos riscos.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Bovespa 40 graus (de investimento)
E eis que chegou o já esperado "grau de investimento" para o Brasil, pelo menos segundo a opinião da Standard & Poors, agência de risco. A notícia teve um impacto muito bom por aqui e fez a Bovespa fechar em alta, segundo o Ibovespa. Captando recursos mais facilmente e a um custo menor, tanto empresas quanto governo poderão gastar menos com juros e isso, por tabela, é bom para a economia em geral, chegando até nós, investidores e proletários. Mais investidores estrangeiros tendem a investir por aqui, já que há uma percepção melhor sobre os negócios. Talvez pensar a longo prazo valha mesmo a pena. É justamente esse o tema abordado por Marcelo Pereira, sócio da TAG Investimentos no Valor de hoje (para assinantes). Confira na página 2 do EU & Investimento.
domingo, 27 de abril de 2008
Padronização dos serviços bancários: urrú!
Algo positivo que o Conselho Monetário Nacional definiu ano passado foi o fim desta quizumba. A partir de 2 de maio, todos os bancos terão um grupo de serviços que serão gratuitos e outros cobrados. A nomenclatura será a mesma dos serviços e a padronização tornará mais fácil o cliente descobrir se, de fato, o banco ao lado oferece um serviço mais em conta que o seu. Se quiser, veja um "resumo" do Real.
Muito importante: vale ficar de olho no que mais o seu banco está oferecendo. Há uns "extras" bem simpáticos. Até o fim deste mês, há quem tenha direito a alguns poucos saques em caixas 24 horas e muitos saques no caixa eletrônico no banco. O saque em instituições da "rede compartilhada" é cobrado - o que significa que um saque no concorrente do banco incide em uma taxa por transação.
Na virada do mês, esse mesmo correntista terá direito a mais de 20 saques, independentemente de serem direto na instituição onde tenho conta, rede compartilhada ou banco 24 horas. Parece brincadeira, não?
sábado, 26 de abril de 2008
Inflação, rendimento e poupança
Embora o saldo mensal esteja sempre crescente, isso não é bem verdade. Quando descontamos a inflação - e olha que o IPCA-15 subiu um monte - podemos perceber que o dinheiro que temos ali vale menos do que há 30 dias.
Uso poupança como exemplo, mas isto é aplicável a qualquer tipo de investimento: renda fixa, imóvel, ações, etc.
A dica é essa: leve sempre em consideração o bafo do dragão...
PS: Saiba mais sobre os índices de inflação.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Se a finança é pessoal, então não é para ser "pública"
Fora deste grupo, compartilhe suas decisões financeiras com discrição ou com quem pode contribuir para dar uma outra visão sobre como você poderia agir. Falo isso porque sou meio paranóica. Não é porque tenho muito não. É porque tenho pouco! E detesto olho gordo!!!
E, com o mundo eletrônico, devemos nos cuidar para que a falta de malícia não faça dados sobre nossa grana caírem na rede. Assim, algumas dicas reais e virtuais para ser mais discreta(o) ainda e evitar que dados financeiros virem algo público:
- evite acessar o internet banking do computador do trabalho;
- jamais entre no internet banking em um micro de um evento ou de uma LAN house;
- suspenda a entrega de extratos e peça para o banco enviar por e-mail - que só é acessado com uma senha sua;
- não faça uma fotocópia do cartão de senhas do banco e pendure na frente de seu PC - conheço gente que faz isso!
- não guarde papel com a senha do seu cartão do banco junto ao cartão! – também conheço quem faça isso!
- não use o celular de um terceiro – e muito menos um desconhecido – para usar o "banco por fone".
Fundo de investimento: que bicho é esse
segunda-feira, 14 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
Previdência: tempo é dinheiro
A aposentadoria está, de uma maneira geral, a "décadas de distância" de qualquer preocupação. Assim, o que nos leva a discutir isso agora? Volto ao ponto do título: tempo.
Uma previdência privada que tenha o papel de complementar a renda durante a aposentadoria não deve ser iniciada aos 46 do segundo tempo. Deixar para depois é um erro que irá inviabilizar esse tipo de abordagem financeira. Para se ter uma previdência, começa-se cedo. Se você não tem, recomendaria, na boa, que adquirisse o quanto antes. O tempo trará os ganhos dos juros renderem sobre os juros obtidos com o capital acumulado. É a ciranda financeira girando a seu favor – o oposto de quando se contrai um empréstimo...
Há previdências para todos os perfis: agressivo, moderado e conservador. Particularmente, não tenho nada em apostar em um agressivo hoje, que distribui 49% do capital acumulado em ações e outros títulos variáveis. Se em um ano perde-se, quem sabe se ganhará nos anos seguintes. Ao olhar para trás, verá-se que se ganhou mais do que se perdeu. Pelo menos é isso que acontece com investimento em ações por mais de 10 anos.
Faça uma simulação via web de previdência e veja só como o tempo influencia!
domingo, 6 de abril de 2008
O Ibovespa subiu. É hora de voltar para a Bolsa?
Você já deve ter ouvido a história de comprar na baixa e vender na alta. A dureza de seguir tal conselho é identificar quando se chegou ao teto para se livrar de um papel ou ao piso para adquirir a ação. Já falei em diversos posts que esta é uma decisão que eu "terceirizo". Afinal, invisto em fundos. Contudo, tenho a opção de arrancar tudo da renda variável em ações e jogar para algo menos palpitante, como poupança.
Bom, então como saber que agora é um bom momento para investir? Em geral, o bom investidor não espera o céu ficar de brigadeiro para tomar sua decisão. Ele faz isso antes, quando as coisas estão meio nebulosas. Ele aposta tendo em vista percepções dele e de terceiros sobre o mercado e aquele papel ou investimento que está realizando. Quando as coisas ficam melhores, aí percebe-se um movimento "boiada", todo mundo seguindo um ao outro. Infelizmente, vez ou outra surge um fato, como a crise hipotecárias nos EUA, que faz que a porteira estoure e todo mundo se desfaça de seus investimentos antes do previsto, muitas vezes, com prejú.
Seguindo o que já falei aqui, eu recomendo investir sempre se não for precisar da grana em curto prazo. Investimento especulativo, na boa, não é comigo...
sábado, 5 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
A melhor operadora para seu DDD e DDI
sexta-feira, 7 de março de 2008
Parte 2/2: mais liberdade no apê sem apelar para rede sem fio ou técnico cheio de cabos
André viu uma matéria na Wnews sobre o teste de dispositivos que conectavam PCs ou componentes de uma rede – impressoras, roteador, modem de cabo, etc. – por meio da rede elétrica. Pode soar louco, mas a brincadeira é espetar o cabo de rede em um aparelhinho pequeno, o tal do homeplug, que lembra uma fonte de celular e plugar na tomada elétrica. Em outro ponto do apartamento, outro dispositivo Homeplug terá outro cabo de rede ligando a outro componente da rede. No caso dele, era um conectado ao roteador de banda larga e, em outro cômodo, um conectado ao PC.
Segundo o artigo da Wnews, o componente sairia um pouco salgado – R$ 200 a unidade. Então, optou-se pelo ebay, onde comprou-se um par por menos de R$ 200, incluindo a entrega. Funciona 100% a uma velocidade acima de 50 mbps, conforme explica o André. “Na boa, tá quebrando um galhão, diminuindo a fiozarada espalhada pelo apê.” O consumo energético é de 4.5 watts por dispositivo. Assim, um par conectado gasta menos que um décimo de uma lâmpada de 100 watts. “Se colocarmos o desktop em outro cômodo daqui um tempo, não precisaremos chamar um técnico e arcar com a taxa de visita de novo.”
quinta-feira, 6 de março de 2008
Parte 1/2: mais liberdade no apê sem apelar para rede sem fio ou técnico cheio de cabos
A maneira de solucionar o problema foi chamar a empresa de banda larga, que propôs passar o cabo pelo corredor do apartamento, incluindo furar alguns batentes. A medida era necessária porque não havia tomada de telefone no cômodo onde o computador ficaria e o cabo de dados não pode passar pelo mesmo local onde passa a rede elétrica, a fim de evitar interferências ou, imagina-se, acidentes. Já imaginou se um fio elétrico deteriorado passa a corrente para o fio telefônico ou cabo? Socorro! Teria gente tomando choque ao atender o fone ou encostar o dedo no PC. “De quebra, não queria gastar uma grana com visitas sempre que quisesse mudar o PC de lugar”, disse.
Temendo que o apartamento fosse ficar muito com cara de central elétrica ou escritório bagunçado, com um cabão passando pelo aconchegante corredor, a proposta foi recusada. Nada de furar batentes, nada de passar um cabo pelo corredor. Pensava-se então, consigo mesmo, em abrir buracos para “puxar” a rede telefônica presente no apartamento, mas isso poderia sair caro e não era a intenção colocar um telefone no cômodo onde ficaria o PC – além de extensões clandestinas poderem, vez ou outra, trazer problemas técnicos. A solução para o dilema eu conto amanhã... Até!
quarta-feira, 5 de março de 2008
Celular: promoção interessante
Contudo, acabo de substituir a promoção antiga por outra, em que arco com uma despesa mensal de R$ 4,90, mas pago R$ 0,06 o minuto para qualquer Claro. Para mim, acaba valendo a pena porque uma boa parte dos meus familiares e amigos também têm celular da Claro. TIM e Vivo, creio eu, contam com promoções semelhantes. Vale ficar de olho nas vantagens que sua operadora oferece. Ligue djá!
domingo, 2 de março de 2008
Miados(?) na banda larga do RJ
A pequena história exemplifica o que ocorre quando a demanda supera a oferta. Se você recebe ofertas de diversos prestadores, pesquise bem antes de contratar o serviço ou o pacote – TV por assinatura, banda larga e telefone. Quando o contrato vencer – o que o livrará de punições como pagamento de instalação – , cabe analisar se vale a pena permanecer com a mesma prestadora ou tentar algo novo. Quem está em áreas mais povoadas sai ganhando com ofertas melhores. Se é o seu caso, aproveite.
sábado, 1 de março de 2008
Declaração do IR: vídeo
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
O canto da sereia é apenas ver a rentabilidade passada
Outra falha comum, que também já cometi, foi desprezar a maneira como o fundo obteve esse ganho passado. Assim, não se dá a mínima importância para o risco presente no investimento. Quando a maré muda e o risco vira perda, aí, amigo e amiga, não adianta querer voltar atrás e chorar as pitangas.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Cartão do seguro: não saia de casa sem ele
Nessas duas situações, acho que estava com um cartão vencido na carteira, mas, como o seguro estava em dia e a própria Porto prestava o serviço, sem problemas! Foi só ligar e pedir.
O mesmo não aconteceu comigo nesses últimos dias. Munido do meu cartão vencido e estacionado em uma das centenas de Estapar pela Grande São Paulo, descobri que o desconto – bem gordo, de 30% – só poderia ser aplicado caso eu apresentasse o cartão atual e não o velho, vencido. Não houve SAC, fosse da Porto ou Estapar, que resolvesse o pepino e me concedesse o desconto. Pela minha displicência paguei R$ 20 a mais.
Leitor, espero que você esteja com seu cartão em dia na carteira, seja lá do que for... Até!
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Flores... Só flores
Sendo assim, enquanto o Ibovespa registra variação positiva no ano pela primeira vez, vamos falar do que realmente interessa: flores! Fiquei bem surpresa ao encontrar no Pão de Açúcar, que tem fama de careiro, rosas das mais lindas a um preço bem, bem baixo. 15 rosas por menos de R$ 9. Indiquei para um colega agradar a quem ama.
Se estar próximo é impossível, ainda há opção do Flores Online. Contudo, a floricultura mais próxima da sua casa pode ter um serviço mais personalizado a um custo menor para surpreender quem merece.
Para trazer mais alegria e fazer um contraponto à rudeza do mundo, tire o escorpião do bolso e entregue uma flor. O resultado será, no mínimo, feliz.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Erro e aprendizado
Mas, ao acreditar que a bolsa subiria para sempre, muito "poupador" investiu pesado em fundos de alto risco, como fundos de ações e multimercado alavancado de renda variável.
O fundo leva este nome porque ele investe em vários ativos - títulos, dólar, ações, mercado futuro, jujubas :-). Cabe ao gestor identificar a melhor oportunidade dentro do perfil do fundo. A visão que gestores têm da economia é o que decide se comprará A, B ou C. Se a estimativa se concretizar, ótimo. Se não, prejuízo para o gestor e investidor. A Mauá teve dificuldades (post 8/2/08) em relação a isso, mas me pareceu muito honesta em explicar o ocorrido.
Acho que cabe a nós refletir se abusamos da sorte da alta do mercado ou estamos sendo sinceros em relação ao perfil que assumimos e nosso horizonte de investimento. Talvez devêssemos seguir o exemplo da Mauá e aprender com os erros. A Bovespa anda bem esta semana, mas independentemente disto, será que estamos nos expondo demais aos riscos?
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Imóvel: financiamento mais barato
A notícia é ótima, sem dúvida, juntamente com o aumento do prazo de pagamento para os imóveis acima de R$ 350 mil e aumentou o porcentual que pode ser financiado para 80%. Crédito disponível, segundo ouço e leio de analistas, é fundamental para o bom desempenho do mercado imobiliário o que puxa o emprego na construção civil.
Cabe ao investidor decidir se vale a pena investir em um imóvel que não seja para morar. Casas de veraneio exigem uma despesa de manutenção que nem sempre entra no cálculo. Com o aumento da oferta de crédito, aluguéis perderam um pouco o atrativo para os senhorios.
Há quem aposte em adquirir um apartamento para depois revendê-lo no meio do financiamento por um valor (espera-se) maior. Parece-me interessante, mas também arriscado. Afinal, é preciso acreditar que os preços continuarão subindo.
E nada sobe para sempre, indefinidamente.
Ao financiar o imóvel, o jeito é torcer para que o preço não vá escada abaixo...
Dicas para quem não tem cartão corporativo
Algumas dicas:
- evite o rotativo como o vampiro foge da àgua-benta. É um crédito muito caro, normalmente acima de 10% ao mês;
- não comprometa com compras parceladas mais de 1/3 do que "sobra" da sua receita. Imprevistos acontecem e o parcelamento mina sua capacidade de investir;
- tudo no cartão! Usar o crédito para tudo traz duas vantagens: tempo e organização. Enquanto a fatura não chega, seu dinheiro rende como poupança na conta-corrente. Tudo fica mais organizado porque é menos papel e dados mais centralizados - em uma só folha se vê quanto se gastou em balada
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Pagou IPVA duas vezes?
Confesso aqui: fiz a besteira de pagar o IPVA duas vezes. O internet banking não funcionava muito bem no dia e acabei pagando apenas o IPVA, sem o seguro obrigatório ou o licenciamento. Aí fui a agência e paguei tudo - incluindo o IPVA novamente. Infelizmente não tinha como cancelar... IPVA é assim, pagou-se, não se cancela.
Para receber a grana de volta, terei de levar os comprovantes do IPVA lá no centro de SP. Haja paciência...
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Bois, árvores, ações e tesouro direto
- Miriam Leitão comenta na CBN a relação de alta de preço de soja e carne e o avanço do desmatamento. Foi ao ar em 28/1. Muito legal e sintetiza o noticiário sobre o assunto;
- Mauro Halfeld aborda rapidamente exposição ao risco na Bolsa e orienta investidor, em 6/2, e avalia investimento de longo prazo em 5/2.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Você tolera perdas?
– O investidor pode até tolerar risco, mas perda, não.
Acho que a frase serve não apenas para investidores de certos multimercados que amargaram perdas de 90% em um mês. Serve de reflexão para todo investimento.
De forma geral, sinto tolerar muito bem o risco. Mesmo o grande risco. O problema da história é quando eu perco, ou seja, sinto a conseqüência negativa do risco. Afinal, se estivesse ganhando horrores estaria tuuuuudo bem, não é? Eu, assim como todo mundo, só quero a parte boa do risco, ou seja, ganhar mais. É preciso pensar sobre a sua real tolerância a perdas, assim como refletir sobre perfil, tempo e motivo e decidir que ação tomar: investir, retirar ou deixar o dinheiro como está. Conhecer si mesmo será bem importante já que as turbulências seguirão, como queda na Bovespa na 4a. de cinzas. Nada de confete hoje...
sábado, 2 de fevereiro de 2008
EUA: reflexão sobre crise e corrida eleitoral
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Governo 'protegeu' a poupança
Isto a torna um investimento mais atraente. Como o rendimento é "limpo", sem imposto de renda, valerá mais a pena do que fundos de renda fixa com taxa de administração igual ou superior a 3% ao ano. Reveja seus investimentos!
E bom carnaval! Que faça um tempo maravilhoso!
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Dicas para não torrar com apostas
Agora, e se você se dá conta que anda pegando a fila da lotérica com muita freqüência, tenta um poquerzinho "inocente" na família em que sempre perde R$ 30, e tantas outras roubadas, tá na hora de repensar seus conceitos. O vício em jogo é algo tão sério que até o sites de apostas trazem orientações para o viciado - e, surpreenda-se, em português brasileiro. Algumas reflexões de alguém que foi uma jogadora inveterada:
- quem gasta R$ 10 por semana na loteria, consome R$ 520 ao ano do orçamento. Se o apostador apostasse em algo menos emocionante, como poupança, teria um rendimento de TR + 6%;
- ganhar na loteria é bem difícil, confira no verso do volante ou na Caixa Federal. Se eu tivesse gastado tudo que apostei em cerveja e vendido as latas, estaria rica!
- reduza a despesa com aposta ao pegar o mesmo montante jogado e investir em poupança;
- ao invés de sonhar em como seria a sua vida se tivesse X, dê uma olhada em volta e curta o que tem. Eu sei, é óbvio, é auto-ajuda, mas é isso aí;
- contrate um título de capitalização no banco. Tem algumas instituições que devolvem 100% do que você colocou lá corrigido pela TR. Para mim, o título de capitalização foi um marco no fim da jogatina desenfreada.
Para descontrair, confira abaixo uma visão bem-humorada da proibição de venda do Counter-strike para PC, um jogo que está há venda a um tempão. O Folha Online noticia que há um manifesto de gamers no vão do Masp agendado para este sábado. Se o vídeo não aparecer, vá direto para o site.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
A conta do material escolar
Como não está fácil, aqui vão algumas dicas na compra do material:
- pesquise com base na lista entregue pela escola. Além de bater perna, recomendo ferramentas como www.buscape.com.br;
- livros, se possível, compre diretamente da editora com outros pais. No caso de grandes volumes, é possível que dêem algum desconto;
- se levar crianças, prepare-se para controlar os impulsos consumistas dos pequenos. Se não, você vai sair da loja cheia de caneta da Pucca a R$ 4 cada;
- antes de ir a uma loja de rede, pesquise no pequeno revendedor. Quem sabe você não consegue negociar melhor?
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Ibovespa 40 anos: não tem cara de tiozão
O Ibovespa é normalmente uma referência para todos os investidores de ações, seja comprando diretamente ou fundo. Contudo, não é a única referência. Ao longo do tempo, a Bovespa criou outros índices, inclusive setoriais.
E as suas aplicações, como andam? Subindo mais que o Ibovespa neste ano? Espero que sim!
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Ai, ai, ai meu IPO...
A explicação foi que os estrangeiros compraram muitos destes papéis e, com a dor de cabeça do mercado imobiliário dos EUA, venderam parte do que tinham por aqui.
Muita gente entrou no mercado acionário pela primeira vez via essas ofertas públicas iniciais. Se você é um deles, que entrou por dica do corretor, gerente ou amigo, e está pensando em sair, recomendo muito sangue frio. Com o tempo, a variação atual tende a diluir-se, e livrar-se dos papéis agora pode ser precipitado. Assim, é melhor se informar com corretoras e impressos sobre os papéis específicos que você carrega.
A dificuldade que até as corretoras e profissionais de muito tempo de casa têm em avaliar o preço "certo" dessas ações é a seguinte: elas não tem muita história. Se não há muita história, como estimar como poderá estar amanhã? Na CBN, Mauro Halfeld comentou em 22/1 se é um bom momento para sair da Bolsa. A boa orientação traz respostas diferentes para perfis de investidores distintos. Confira!
"Meu dono aplicou até o dinheiro da ração em um IPO, mas já perdeu 25%! Agora, para mim, só pão amanhecido até julho! Au!"
domingo, 27 de janeiro de 2008
Cortando um gasto do PC: antivírus
Como não uso meu computador para fins comerciais, experimentei desta vez instalar o AVG Free - software em inglês. Na edição para uso doméstico, nada é cobrado. Se o antivírus gratuito é bom? Olha, vou descobrir na prática, mas ouvi dizer de colegas que resolve - ele faz uma pesquisa que parece ocupar menos o computador do que o meu antivírus CA, funciona com softwares de e-mail e me livra de uma despesa anual de R$ 60 para renovar licenças de antivírus. Vamos ver se os tchecos que produziram o antivírus são confiáveis.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Independência ou sorte!
Bom, não sei dizer se sou a pessoa mais indicada para falar sobre isso não. Já tentei um negócio próprio certa vez e acabou não dando muito certo. Retorno financeiro mesmo, necas. Aprendi muito sobre erros, acertos e cuidados gráficos. Mas grana mesmo, zero. Dei graças quando arranjei um trampo fixo.
Como é mais fácil falar da vida dos outros do que da própria ;-), pense sobre o seguinte:
- independência financeira é um bicho difícil de conseguir. Li uma citação que era algo do tipo: guarde um pouco de dinheiro todo mês e ao fim do ano você se surpreenderá com a miséria que juntou. Acho que é por aí. Independência financeira para assalariado é meio mula-sem-cabeça. Ninguém viu, mas vira e mexe um jura que existe;
- gastar menos - pode ser mais fácil gastar menos do que ganhar mais dependendo da fase da vida ou o que se faz. Vira e mexe, André Dahmer, criador dos Malvados sempre fala da "fortuna" que um cartunista ganha. Ele é ótimo;
- livrando-se do chefe - trocar chefe por clientes significa trocar um chefe por vários. E você precisa estar a fim disso. Independentemente da situação, você sempre dependerá de outros. Minha sugestão é tentar ver o melhor da situação com o seu chefe de hoje e aproveitar o que vale a pena. E, não seu preocupe: seu chefe também tem chefe, mesmo que seja a conta de telefone do filho dele;
- abrindo a lojinha - se ter um negócio próprio é o que você quer, caro, esforce-se para se preparar antes de sair comprando e pagando aluguel. Além disso, não seja otimista em relação à retorno. Espere o pior sempre, pois ninguém nunca quer o pior ao se planejar. Resultado: o pior acontece e lá se vai o investimento. Não aposte "Independência ou sorte", pois em geral, você pode acabar sem os dois e queimando o patrimônio - experiência própria...
Espero ter ajudado!
Quer sugerir um assunto? Deixe um comentário em um dos posts ou mande e-mail para liv.lamet@gmail.com.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Poupar?!? Hoje é dia de balada!
Só espero não encontrar o tipo de mané do vídeo abaixo... Semana que vem tem mais dica!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Tesouro Direto: um jeito fácil e seguro de investir
Contudo, há uma outra forma que considero tão segura quanto a poupança e oferece um retorno melhor, dependendo do tempo que o cidadão deixar o dinheiro aplicado. São os títulos do Tesouro Nacional. Por meio do Tesouro Direto compram-se e vendem-se títulos do governo pela internet. A partir de R$ 100, o investidor pode comprar o título sem ter de arcar com a taxa de administração dos fundos e saber, de antemão, quanto o governo pagará no dia de vencimento. Há opções que rendem inflação medida pelo IPCA ou IGPM + um prêmio anual. Outros trazem uma taxa de juros prefixada, tal como 14% ao ano. Paga-se imposto de renda da mesma forma que nos fundos conservadores, como apontado pelo portal Exame, mas já usei e compensou mais que fundo.
É permitido vender o título antes do vencimento para o governo, mas normalmente isto ocasiona um desconto no rendimento.
Importante: se a situação econômica muda drasticamente - juros despencam ou inflação dispara - o valor dos títulos varia demais se vendidos antes do vencimento. Explico: se os juros batem em 30% ao ano, quem é que terá interesse em um título comprado na época da bonança que rende 15% ao ano? Perde-se algum dinheiro nestes casos para reposicionar os recursos em outros títulos mais rentáveis. Trata-se do mesmo conceito que rege os fundos conservadores, que também são compostos por estes títulos e sentem solavancos em alterações repentinas.
Como investir: pergunte ao seu banco ou corretora. Já comprei títulos via InvestShop, do Unibanco, que cobra taxas baixas, conforme esta matéria da Folha reproduzida.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Motivo: elementar meu caro Sherlock
Em geral, não se guarda dinheiro para ter mais dinheiro, mas para atingir uma meta - uma casa, um carro, um sapato novo ou um notebook - porque o meu apê é muito pequeno e este desktop lerdo já está me dando nos nervos!!!
Então, antes de começar a guardar, tenha claro a razão que leva você a poupar. Pode parecer meio óbvio, mas já me peguei guardando dinheiro sem ter um motivo realmente "engajador". Resultado: saquei a grana para tapar alguns buracos financeiros que eu mesmo cavei.
Convencido da razão que a leva guardar recursos, fica mais fácil aceitar que aquele dinheiro não está sendo torrado para algo que você goste muito. O seu esforço vai ajudá-la a conquistar um "bem maior" – e bem mais caro.
Então é isso... Fico um pouco com a pulga atrás da orelha em ter comentado tanto ações, justamente agora que o mercado passa por forte turbulência – fechou acima de hoje de 4%. Pelo que andei lendo e ouvindo, analistas recomendam manter investimentos na Bolsa só quem pensa a longo prazo, ou seja, daqui um ano. Quem entrou no começo do ano pensando ganhar rápido dançou e há recomendações para retirar os recursos...
Nos próximos dias escreverei sobre o Tesouro Direto, um porto seguro para muita gente avessa aos riscos do mercado acionário. Até.
Arco-íris e mercado acionário? Acho que alguém tirou o pote de ouro que estava no fim...
domingo, 20 de janeiro de 2008
Tempo: faça dele seu amigo
Dando continuidade a discussão sobre investimento em ações, abordo aqui o tempo. Sem ter bem claro quanto tempo você poderá se dispor do dinheiro que irá investir, então, meu caro, é melhor guardá-lo em uma opção menos sujeita a variações (leia-se ganhar ou perder repentinamente). Pode-se até contar com a boa poupança ou fundo conservador.
Quando o investidor pode dispor do investimento por um bom tempo, aí o tempo vira um amigo. É possível escolher opções mais arriscadas – tais como ação – e ver que o risco se dilui com o tempo.
Olhando para o passado, vemos um exemplo fácil: quem é novato em ações e colocou dinheiro na Bovespa no começo deste ano esperando um ganho fácil deve estar odiando a brincadeira, já que houve uma perda de cerca de 10% segundo o Ibovespa, principal índice da Bolsa. O mesmo sujeito que investiu ano passado e for retirar no fim deste ano deve estar menos preocupado, pois houve um ganho de 43% em 2007 e há analistas que dizem que o cenário pode ser menos atribulado no segundo semestre. Assim, faça do tempo o seu amigo. É bom estar de volta!
Segue um vídeo de alguém que soube usar o tempo muito bem para seu próprio benefício!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Reduzindo o aluguel e dicas para comprar imóvel
Uma das razões que favorecem a renegociação é a facilidade na concessão de crédito imobiliário. Assim, se é possível financiar um apê pagando R$ X mensalmente, pagar o mesmo montante em aluguel pode soar estranho.
De quebra, Robson, quem comentou neste blog deu algumas dicas que compartilho abaixo.
Bom fim de semana! Retomarei as ações na 2a. feira.
Dicas do Robson:
Tenho algumas sugestões. Eu não sou um "expert" no assunto, mas já passei por muitas coisas até chegar no ponto que estou hoje (pagando a casa pela CEF):
- Comprar da planta é bem interessante, mas recomendo comprar de cooperativas. É mais seguro e possui uma boa relação custo-benefício
- Guardar dinheiro para um sinal é fundamental. Quanto mais, melhor. Se possível tente obter de 15 a 30% do valor do imóvel para usar como sinal. Minimiza bastante o tempo de financiamento e/ou o valor das parcelas.
- Atualmente o único modelo de correção das parcelas é o SAC (Sistema de Amortização Constante). Os juros são calculados do saldo a ser pago. Em outras palavras, a parcela a ser paga vai diminuindo. É uma opção interessante, se você conseguir aguentar o tranco inicial. Por exemplo, minha parcela da casa começou em 900 reais e, após dois anos, está em 750 reais
- Guardar dinheiro, ou investir de maneira inteligente o dinheiro que "sobra" todo mês também é interessante. Tente encontrar um investimento que dê um retorno próximo aos juros utilizados no financiamento.
- A Caixa Econômica Federal é muito severa no que diz respeito aos contratos que efetua. Fazer um contrato pela CEF costuma ser um bom negócio, porque os malandros não têm vez. Acho que é isso. Abraços e Boa Sorte
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Perfil: conheça a ti mesma!
Se você pesquisar, muito provavelmente encontrará um "Conheça o seu Perfil" na homepage de seu banco ou em algum lugar no menu "investimentos". Isso deverá ajudá-la a entender quem você é. Aqui vai um link para o do Real.
Uma pessoa não é uma mesma "coisa" por toda a vida e prazos mais longos (tempo) para dispor dos recursos possibilitam uma maior flexibilidade para arriscar-se mais. Mas, sobre tempo, falo amanhã!
Poupança capta cinco vezes mais em 2007
Por que a poupança ainda seduz tanto? Além de ser um investimento acessível, tradicional e fácil de entender, sua isenção de imposto de renda atraiu ao longo do ano diversos investidores de fundos de renda fixa que viram, aos poucos, os seus rendimentos minguarem ao longo do período. Faça chuva, faça sol, a poupança sempre paga TR + 6% ao ano. Ou melhor, pagava. O governo estipulou ano passado uma regra de "recálculo" da poupança e FGTS caso a Selic caia demais, com o intuito de não esvaziar o financiamento imobiliario.
Fundos de renda fixa e atrelado a juros (DI), no entanto, estão diretamente ligados à taxa de juros básica praticada no país (Selic), que sofreu vários cortes em 2007, pagam taxas de administração e imposto de renda - 20% sobre os rendimentos. Juros em baixa e custos acabaram fazendo com quealguns fundos rendessem menos que a poupança. Aí, o investidor conservador migrou de um para o outro.
Fico me perguntando, será que algum conservador tentou um fundo de ações ano passado? Com a Bovespa entre os líderes de rendimento, quem aplicou em FIFs de ações provavelmente saiu ganhando...
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Comprando ações e carros - parte 2
Continuando, ao comprar um veículo, as pessoas fazem o máximo para entender bem o que estão comprando. Afinal é o segundo bem que exige mais $$$ da família – fica apenas atrás da casa própria. Ao comprar a ação, no entanto, vai-se atrás da indicação de um terceiro sem analisar algumas coisas como:
- perfil - qual é o seu perfil de risco;
- tempo - quanto tempo poderá ficar sem o dinheiro investido;
- motivo - por que raios estou investindo nesta ação e não, por exemplo, naquela outra ação, ou em quibes ou jujuba?!?
Assim, conheça a ti mesmo (seu perfil), por quanto tempo poderá dispor dos recursos a investir (tempo) e motivo. Ao escolher um carro, você tem clareza nestas características - gosto de carros vermelhos, por exemplo. Um leigo ao comprar ações, no entanto, nem sempre tem isso. Abordarei esses três pontos nos próximos dias. Amanhã darei uma pausa para falar sobre outro assunto: poupança.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Comprando ações e carros - parte 1
Em uma outra situação, seu cunhado amado, querido e que já te deve uma nota preta quer vender o carango para você para saldar as dívidas e, de quebra, ganhar algum $$$. Qualquer ser humano sensato analisaria bem a fundo o estado do veículo e tudo mais, se há multas, se teve alguma batida, etc. Afinal, se cunhado fosse confiável, não teria um nome que começa como começa.
Agora, no mundo financeiro, grande parte dos leigos compram ações como se fossem sabão em pó. Ouve-se do vizinho ou colega de trabalho: "A ação da XYZ subiu 15% este mês e deixa tudo mais brilhante", "Além de aumentar meus rendimentos em 10% esta semana com o papel DEF, a roupa ainda ficou com cheiro de limão." E tem também o sopro que parece mais aposta no jóquei: "Dica quente: é ABC na cabeça. Uma barbada!"
Então, o leigo compra a ação, ganha-se menos do que esperava, ou perde-se mais do que poderia imaginar. Com um temor dos diabos, arranca todo o dinheiro investido, assume o prejú, e diz para si mesmo, "Nesta brincadeira, nunca mais"! É isso que você deve evitar.
Amanhã trarei mais cuidados para evitar um acidente ao investir!
domingo, 6 de janeiro de 2008
Vamos investir na Bolsa?
A Bovespa foi o melhor rendimento em 2007. Será que vai continuar assim? As corretoras parecem unânimes em dizer que 2008 não será tão maravilhoso quanto o findado 2007 e reforçam a sugestão de papéis mais "seguros" como Petrobras e Vale.
Ninguém tem bola de cristal, como já mencionei aqui. Mas há boas expectativas sobre a economia brasileira. Esperam-se que 2,5 milhões consigam trabalho e isto é uma ótima notícia. Mais gente empregada, mais dinheiro, mais consumo, mais lucro, mais valorização de ações. Pelo menos é o que o consumo interno deverá puxar. Existe um risco de apagão, como abordado no Valor ed. 1917 (3/1/2008), mas os investidores não parecem estar dando tanta bola para ele por enquanto.
Do outro lado do ringue, temos a crise nos EUA que, segundo algumas corretoras, deverá fazer o mercado mundial patinar no primeiro trimestre deste ano e minar o brasileiro também. Além disso, depois de subir tanto, é meio esperado que se venda as ações para embolsar os ganhos. Nada sobe para sempre – a não ser o apetite do governo por impostos.
Diante de um cenário tão conturbado, como investir? Olha, o jeito é ouvir quem entende, ler e não se deixar dominar pela emoção ou ganância. Vou explorar mais o investimento em ações nos próximos dias.