sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Independência ou sorte!

Leitor comenta: L.S. Alves deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Motivo: elementar meu caro Sherlock": Meu objetivo é conseguir independência financeira. Não depender de patrão pro resto da vida. Agora é só estruturar como chegar até lá.Um abraço.

Bom, não sei dizer se sou a pessoa mais indicada para falar sobre isso não. Já tentei um negócio próprio certa vez e acabou não dando muito certo. Retorno financeiro mesmo, necas. Aprendi muito sobre erros, acertos e cuidados gráficos. Mas grana mesmo, zero. Dei graças quando arranjei um trampo fixo.

Como é mais fácil falar da vida dos outros do que da própria ;-), pense sobre o seguinte:


  • independência financeira é um bicho difícil de conseguir. Li uma citação que era algo do tipo: guarde um pouco de dinheiro todo mês e ao fim do ano você se surpreenderá com a miséria que juntou. Acho que é por aí. Independência financeira para assalariado é meio mula-sem-cabeça. Ninguém viu, mas vira e mexe um jura que existe;
  • gastar menos - pode ser mais fácil gastar menos do que ganhar mais dependendo da fase da vida ou o que se faz. Vira e mexe, André Dahmer, criador dos Malvados sempre fala da "fortuna" que um cartunista ganha. Ele é ótimo;
  • livrando-se do chefe - trocar chefe por clientes significa trocar um chefe por vários. E você precisa estar a fim disso. Independentemente da situação, você sempre dependerá de outros. Minha sugestão é tentar ver o melhor da situação com o seu chefe de hoje e aproveitar o que vale a pena. E, não seu preocupe: seu chefe também tem chefe, mesmo que seja a conta de telefone do filho dele;
  • abrindo a lojinha - se ter um negócio próprio é o que você quer, caro, esforce-se para se preparar antes de sair comprando e pagando aluguel. Além disso, não seja otimista em relação à retorno. Espere o pior sempre, pois ninguém nunca quer o pior ao se planejar. Resultado: o pior acontece e lá se vai o investimento. Não aposte "Independência ou sorte", pois em geral, você pode acabar sem os dois e queimando o patrimônio - experiência própria...

Espero ter ajudado!

Quer sugerir um assunto? Deixe um comentário em um dos posts ou mande e-mail para liv.lamet@gmail.com.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Poupar?!? Hoje é dia de balada!

Como ninguém é de ferro em véspera de feriado, a jogada agora é curtir! Hoje caio na night para me divertir e meu pincher que fique em casa sozinho!

Só espero não encontrar o tipo de mané do vídeo abaixo... Semana que vem tem mais dica!


quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Tesouro Direto: um jeito fácil e seguro de investir

Poupança é sempre o primeiro investimento que vem à cabeça para qualquer um que busca segurança. Como a queda dos juros no Brasil puxou para baixo a rentabilidade de fundos conservadores DI e renda fixa, acabou saindo mais em conta para muita gente transferir a grana para a poupança, que não paga imposto sobre os rendimentos ou taxa de administração dos fundos.

Contudo, há uma outra forma que considero tão segura quanto a poupança e oferece um retorno melhor, dependendo do tempo que o cidadão deixar o dinheiro aplicado. São os títulos do Tesouro Nacional. Por meio do Tesouro Direto compram-se e vendem-se títulos do governo pela internet. A partir de R$ 100, o investidor pode comprar o título sem ter de arcar com a taxa de administração dos fundos e saber, de antemão, quanto o governo pagará no dia de vencimento. Há opções que rendem inflação medida pelo IPCA ou IGPM + um prêmio anual. Outros trazem uma taxa de juros prefixada, tal como 14% ao ano. Paga-se imposto de renda da mesma forma que nos fundos conservadores, como apontado pelo portal Exame, mas já usei e compensou mais que fundo.

É permitido vender o título antes do vencimento para o governo, mas normalmente isto ocasiona um desconto no rendimento.

Importante: se a situação econômica muda drasticamente - juros despencam ou inflação dispara - o valor dos títulos varia demais se vendidos antes do vencimento. Explico: se os juros batem em 30% ao ano, quem é que terá interesse em um título comprado na época da bonança que rende 15% ao ano? Perde-se algum dinheiro nestes casos para reposicionar os recursos em outros títulos mais rentáveis. Trata-se do mesmo conceito que rege os fundos conservadores, que também são compostos por estes títulos e sentem solavancos em alterações repentinas.

Como investir: pergunte ao seu banco ou corretora. Já comprei títulos via InvestShop, do Unibanco, que cobra taxas baixas, conforme esta matéria da Folha reproduzida.


terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Motivo: elementar meu caro Sherlock

O último passo para investir em ações - ou qualquer outra coisa na vida - é motivo, com que finalidade, pra quê.

Em geral, não se guarda dinheiro para ter mais dinheiro, mas para atingir uma meta - uma casa, um carro, um sapato novo ou um notebook - porque o meu apê é muito pequeno e este desktop lerdo já está me dando nos nervos!!!

Então, antes de começar a guardar, tenha claro a razão que leva você a poupar. Pode parecer meio óbvio, mas já me peguei guardando dinheiro sem ter um motivo realmente "engajador". Resultado: saquei a grana para tapar alguns buracos financeiros que eu mesmo cavei.

Convencido da razão que a leva guardar recursos, fica mais fácil aceitar que aquele dinheiro não está sendo torrado para algo que você goste muito. O seu esforço vai ajudá-la a conquistar um "bem maior" – e bem mais caro.

Então é isso... Fico um pouco com a pulga atrás da orelha em ter comentado tanto ações, justamente agora que o mercado passa por forte turbulência – fechou acima de hoje de 4%. Pelo que andei lendo e ouvindo, analistas recomendam manter investimentos na Bolsa só quem pensa a longo prazo, ou seja, daqui um ano. Quem entrou no começo do ano pensando ganhar rápido dançou e há recomendações para retirar os recursos...

Nos próximos dias escreverei sobre o Tesouro Direto, um porto seguro para muita gente avessa aos riscos do mercado acionário. Até.

Arco-íris e mercado acionário? Acho que alguém tirou o pote de ouro que estava no fim...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Tempo: faça dele seu amigo

Olá! Peço desculpas a quem andou visitando este blog na última semana. Andei de férias!!!! Foi maravilhoso fugir do trânsito que castiga a capital paulistana e me dedicar a coisas bem introspectivas, tais como arrumar meu quarto! É impressionante a quantidade de tralha que estava guardada no fundo do armário... Bom! Grande parte já foi para o reciclado!

Dando continuidade a discussão sobre investimento em ações, abordo aqui o tempo. Sem ter bem claro quanto tempo você poderá se dispor do dinheiro que irá investir, então, meu caro, é melhor guardá-lo em uma opção menos sujeita a variações (leia-se ganhar ou perder repentinamente). Pode-se até contar com a boa poupança ou fundo conservador.

Quando o investidor pode dispor do investimento por um bom tempo, aí o tempo vira um amigo. É possível escolher opções mais arriscadas – tais como ação – e ver que o risco se dilui com o tempo.

Olhando para o passado, vemos um exemplo fácil: quem é novato em ações e colocou dinheiro na Bovespa no começo deste ano esperando um ganho fácil deve estar odiando a brincadeira, já que houve uma perda de cerca de 10% segundo o Ibovespa, principal índice da Bolsa. O mesmo sujeito que investiu ano passado e for retirar no fim deste ano deve estar menos preocupado, pois houve um ganho de 43% em 2007 e há analistas que dizem que o cenário pode ser menos atribulado no segundo semestre. Assim, faça do tempo o seu amigo. É bom estar de volta!

Segue um vídeo de alguém que soube usar o tempo muito bem para seu próprio benefício!