sexta-feira, 7 de março de 2008

Parte 2/2: mais liberdade no apê sem apelar para rede sem fio ou técnico cheio de cabos

Então, fiat lux. Não tô falando do fósforo. Lembrou-se que há alguns experimentos de banda larga via rede elétrica pelo país e no mundo, uma tecnologia denominada PLC PowerLine Communications. Essas iniciativas nunca “decolam” por x razões. Contudo, se há formas de transferir dados via rede elétrica, seria possível criar uma rede doméstica em cima da rede elétrica? A resposta é sim e a palavra-chave é homeplug.

André viu uma matéria na Wnews sobre o teste de dispositivos que conectavam PCs ou componentes de uma rede – impressoras, roteador, modem de cabo, etc. – por meio da rede elétrica. Pode soar louco, mas a brincadeira é espetar o cabo de rede em um aparelhinho pequeno, o tal do homeplug, que lembra uma fonte de celular e plugar na tomada elétrica. Em outro ponto do apartamento, outro dispositivo Homeplug terá outro cabo de rede ligando a outro componente da rede. No caso dele, era um conectado ao roteador de banda larga e, em outro cômodo, um conectado ao PC.

Segundo o artigo da Wnews, o componente sairia um pouco salgado – R$ 200 a unidade. Então, optou-se pelo ebay, onde comprou-se um par por menos de R$ 200, incluindo a entrega. Funciona 100% a uma velocidade acima de 50 mbps, conforme explica o André. “Na boa, tá quebrando um galhão, diminuindo a fiozarada espalhada pelo apê.” O consumo energético é de 4.5 watts por dispositivo. Assim, um par conectado gasta menos que um décimo de uma lâmpada de 100 watts. “Se colocarmos o desktop em outro cômodo daqui um tempo, não precisaremos chamar um técnico e arcar com a taxa de visita de novo.”

quinta-feira, 6 de março de 2008

Parte 1/2: mais liberdade no apê sem apelar para rede sem fio ou técnico cheio de cabos

Meu caro amigo André passou por uma mudança radical em sua vida e viu a necessidade de mudar o PC de cômodo em seu simpático apartamento. O objetivo era deslocá-lo para uma sala onde compartilharia a máquina com sua amada esposa. Pegou emprestado um roteador wifi para montar uma rede sem fio e o resultado foi, segundo ele, decepcionante. “Talvez eu não tenha uma placa muito boa de WiFi no computador. Afinal, a antena fica colada no chassi do PC e isso deve dar interferência. E eu também não sou nenhum rato tecnológico!”

A maneira de solucionar o problema foi chamar a empresa de banda larga, que propôs passar o cabo pelo corredor do apartamento, incluindo furar alguns batentes. A medida era necessária porque não havia tomada de telefone no cômodo onde o computador ficaria e o cabo de dados não pode passar pelo mesmo local onde passa a rede elétrica, a fim de evitar interferências ou, imagina-se, acidentes. Já imaginou se um fio elétrico deteriorado passa a corrente para o fio telefônico ou cabo? Socorro! Teria gente tomando choque ao atender o fone ou encostar o dedo no PC. “De quebra, não queria gastar uma grana com visitas sempre que quisesse mudar o PC de lugar”, disse.

Temendo que o apartamento fosse ficar muito com cara de central elétrica ou escritório bagunçado, com um cabão passando pelo aconchegante corredor, a proposta foi recusada. Nada de furar batentes, nada de passar um cabo pelo corredor. Pensava-se então, consigo mesmo, em abrir buracos para “puxar” a rede telefônica presente no apartamento, mas isso poderia sair caro e não era a intenção colocar um telefone no cômodo onde ficaria o PC – além de extensões clandestinas poderem, vez ou outra, trazer problemas técnicos. A solução para o dilema eu conto amanhã... Até!


quarta-feira, 5 de março de 2008

Celular: promoção interessante

Na minha incansável busca de reduzir os gastos com o celular, tenho há alguns anos um pré-pago Claro em que carrego R$ 30 a cada trimestre. Por conta da época em que o aparelho me foi dado, pude escolher um número Claro de mesmo DDD para pagar apenas R$ 0,10 o minuto. Parecia-me uma boa.

Contudo, acabo de substituir a promoção antiga por outra, em que arco com uma despesa mensal de R$ 4,90, mas pago R$ 0,06 o minuto para qualquer Claro. Para mim, acaba valendo a pena porque uma boa parte dos meus familiares e amigos também têm celular da Claro. TIM e Vivo, creio eu, contam com promoções semelhantes. Vale ficar de olho nas vantagens que sua operadora oferece. Ligue djá!


photo © Michael Jastremski for openphoto.net CC:Attribution-ShareAlike

domingo, 2 de março de 2008

Miados(?) na banda larga do RJ

Interessantíssima matéria veiculada na Folha de S. Paulo de 23 de fevereiro sobre gatos de banda larga no estado do Rio. Bruno de Assumpção pagou legalmente pela conexão da Velox em São Gonçalo (RJ) e criou uma infra-estrutura com antenas para mandar o sinal a quilômetros de distância de lá. Conseguiu assim compartilhá-lo com vizinhos, montar uma LAN house a ganhar um extra. Vendia no “varejo” a conexão por no mínimo R$ 30, mas ficava bem lenta por conta do rateio, comparável ao acesso discado. Segundo o acusado, isso figura quebra de contrato dele ante a Velox, mas ele responde a acusações de desenvolver atividades de telecomunicações clandestinamente e estelionato. Não havia prestação de serviço de banda larga na área atendida por Bruno. Em outras áreas do Rio, como Bangu, há quem pague R$ 110 por uma conexão de 600 kbps em áreas de classe média baixa ou favelas.

A pequena história exemplifica o que ocorre quando a demanda supera a oferta. Se você recebe ofertas de diversos prestadores, pesquise bem antes de contratar o serviço ou o pacote – TV por assinatura, banda larga e telefone. Quando o contrato vencer – o que o livrará de punições como pagamento de instalação – , cabe analisar se vale a pena permanecer com a mesma prestadora ou tentar algo novo. Quem está em áreas mais povoadas sai ganhando com ofertas melhores. Se é o seu caso, aproveite.