sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Reduzindo o aluguel e dicas para comprar imóvel

Como o IGP-M fechou 2007 acima de 7% e esse é um indicador comumente usado para corrigir contratos de aluguéis, Mara Luquet deu algumas orientações em dois dias na Rádio CBN para inquilinos renegociarem o contrato – terça e quarta. Olha, não é nada de quebrar o contrato, como ela mesma menciona, mas um esforço para deixar as coisas mais flexíveis. Afinal, 7% em cima do custo do aluguel é uma porrada.

Uma das razões que favorecem a renegociação é a facilidade na concessão de crédito imobiliário. Assim, se é possível financiar um apê pagando R$ X mensalmente, pagar o mesmo montante em aluguel pode soar estranho.

De quebra, Robson, quem comentou neste blog deu algumas dicas que compartilho abaixo.

Bom fim de semana! Retomarei as ações na 2a. feira.

Dicas do Robson:
Tenho algumas sugestões. Eu não sou um "expert" no assunto, mas já passei por muitas coisas até chegar no ponto que estou hoje (pagando a casa pela CEF):
  1. Comprar da planta é bem interessante, mas recomendo comprar de cooperativas. É mais seguro e possui uma boa relação custo-benefício
  2. Guardar dinheiro para um sinal é fundamental. Quanto mais, melhor. Se possível tente obter de 15 a 30% do valor do imóvel para usar como sinal. Minimiza bastante o tempo de financiamento e/ou o valor das parcelas.
  3. Atualmente o único modelo de correção das parcelas é o SAC (Sistema de Amortização Constante). Os juros são calculados do saldo a ser pago. Em outras palavras, a parcela a ser paga vai diminuindo. É uma opção interessante, se você conseguir aguentar o tranco inicial. Por exemplo, minha parcela da casa começou em 900 reais e, após dois anos, está em 750 reais
  4. Guardar dinheiro, ou investir de maneira inteligente o dinheiro que "sobra" todo mês também é interessante. Tente encontrar um investimento que dê um retorno próximo aos juros utilizados no financiamento.
  5. A Caixa Econômica Federal é muito severa no que diz respeito aos contratos que efetua. Fazer um contrato pela CEF costuma ser um bom negócio, porque os malandros não têm vez. Acho que é isso. Abraços e Boa Sorte


quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Perfil: conheça a ti mesma!

Se não sabe quem é e o que tolera nas finanças, aumenta a chance de quebrar a cara com ações, fundos ou até mesmo poupança. Conservador, moderado ou agressivo são os rótulos normalmente dados a investidores e tipos investimentos, mas há variações.

Se você pesquisar, muito provavelmente encontrará um "Conheça o seu Perfil" na homepage de seu banco ou em algum lugar no menu "investimentos". Isso deverá ajudá-la a entender quem você é. Aqui vai um link para o do Real.

Uma pessoa não é uma mesma "coisa" por toda a vida e prazos mais longos (tempo) para dispor dos recursos possibilitam uma maior flexibilidade para arriscar-se mais. Mas, sobre tempo, falo amanhã!


Poupança capta cinco vezes mais em 2007

Eis que a poupança captou mais de R$ 33 bilhões em 2007, mais de cinco vezes a captação do ano anterior. Com a apuração de dezembro, o investimento mais conservador do país já está no 16º mês de captação positiva.

Por que a poupança ainda seduz tanto? Além de ser um investimento acessível, tradicional e fácil de entender, sua isenção de imposto de renda atraiu ao longo do ano diversos investidores de fundos de renda fixa que viram, aos poucos, os seus rendimentos minguarem ao longo do período. Faça chuva, faça sol, a poupança sempre paga TR + 6% ao ano. Ou melhor, pagava. O governo estipulou ano passado uma regra de "recálculo" da poupança e FGTS caso a Selic caia demais, com o intuito de não esvaziar o financiamento imobiliario.

Fundos de renda fixa e atrelado a juros (DI), no entanto, estão diretamente ligados à taxa de juros básica praticada no país (Selic), que sofreu vários cortes em 2007, pagam taxas de administração e imposto de renda - 20% sobre os rendimentos. Juros em baixa e custos acabaram fazendo com quealguns fundos rendessem menos que a poupança. Aí, o investidor conservador migrou de um para o outro.

Fico me perguntando, será que algum conservador tentou um fundo de ações ano passado? Com a Bovespa entre os líderes de rendimento, quem aplicou em FIFs de ações provavelmente saiu ganhando...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Comprando ações e carros - parte 2

Continuando, ao comprar um veículo, as pessoas fazem o máximo para entender bem o que estão comprando. Afinal é o segundo bem que exige mais $$$ da família – fica apenas atrás da casa própria. Ao comprar a ação, no entanto, vai-se atrás da indicação de um terceiro sem analisar algumas coisas como:

  • perfil - qual é o seu perfil de risco;
  • tempo - quanto tempo poderá ficar sem o dinheiro investido;
  • motivo - por que raios estou investindo nesta ação e não, por exemplo, naquela outra ação, ou em quibes ou jujuba?!?

Assim, conheça a ti mesmo (seu perfil), por quanto tempo poderá dispor dos recursos a investir (tempo) e motivo. Ao escolher um carro, você tem clareza nestas características - gosto de carros vermelhos, por exemplo. Um leigo ao comprar ações, no entanto, nem sempre tem isso. Abordarei esses três pontos nos próximos dias. Amanhã darei uma pausa para falar sobre outro assunto: poupança.


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Comprando ações e carros - parte 1

É muito provável que você já tenha comprado um veículo usado. Vai-se à loja, um vendedor muito simpático atende bem para dedéu e te oferece uma pechincha. Muito esperta, você esmiuça o histórico do carro, dá uma volta e detecta que os barulhinhos não deixam as coisas serem tão "cor-de-rosa" quanto o lojista comentou e parte para a negociação – ou então parte para outra.

Em uma outra situação, seu cunhado amado, querido e que já te deve uma nota preta quer vender o carango para você para saldar as dívidas e, de quebra, ganhar algum $$$. Qualquer ser humano sensato analisaria bem a fundo o estado do veículo e tudo mais, se há multas, se teve alguma batida, etc. Afinal, se cunhado fosse confiável, não teria um nome que começa como começa.

Agora, no mundo financeiro, grande parte dos leigos compram ações como se fossem sabão em pó. Ouve-se do vizinho ou colega de trabalho: "A ação da XYZ subiu 15% este mês e deixa tudo mais brilhante", "Além de aumentar meus rendimentos em 10% esta semana com o papel DEF, a roupa ainda ficou com cheiro de limão." E tem também o sopro que parece mais aposta no jóquei: "Dica quente: é ABC na cabeça. Uma barbada!"

Então, o leigo compra a ação, ganha-se menos do que esperava, ou perde-se mais do que poderia imaginar. Com um temor dos diabos, arranca todo o dinheiro investido, assume o prejú, e diz para si mesmo, "Nesta brincadeira, nunca mais"! É isso que você deve evitar.

Amanhã trarei mais cuidados para evitar um acidente ao investir!



domingo, 6 de janeiro de 2008

Vamos investir na Bolsa?

Feliz 2008, que começou com algumas patinadas na Bovespa por conta da crise imobiliária nos EUA e, de leve, um aumento no imposto que incide sobre empréstimos (IOF) e outro que morde o lucro dos bancos (CSLL).

A Bovespa foi o melhor rendimento em 2007. Será que vai continuar assim? As corretoras parecem unânimes em dizer que 2008 não será tão maravilhoso quanto o findado 2007 e reforçam a sugestão de papéis mais "seguros" como Petrobras e Vale.

Ninguém tem bola de cristal, como já mencionei aqui. Mas há boas expectativas sobre a economia brasileira. Esperam-se que 2,5 milhões consigam trabalho e isto é uma ótima notícia. Mais gente empregada, mais dinheiro, mais consumo, mais lucro, mais valorização de ações. Pelo menos é o que o consumo interno deverá puxar. Existe um risco de apagão, como abordado no Valor ed. 1917 (3/1/2008), mas os investidores não parecem estar dando tanta bola para ele por enquanto.

Do outro lado do ringue, temos a crise nos EUA que, segundo algumas corretoras, deverá fazer o mercado mundial patinar no primeiro trimestre deste ano e minar o brasileiro também. Além disso, depois de subir tanto, é meio esperado que se venda as ações para embolsar os ganhos. Nada sobe para sempre – a não ser o apetite do governo por impostos.

Diante de um cenário tão conturbado, como investir? Olha, o jeito é ouvir quem entende, ler e não se deixar dominar pela emoção ou ganância. Vou explorar mais o investimento em ações nos próximos dias.