quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Missão 2008: financiar um imóvel

Vou dar uma parada nas brincadeiras para abordar um pedido de uma colega. Ela pretende dar um grande passo em 2008 e adquirir a casa própria dela. Bom, eu mesma ainda pretendo realizar este sonho daqui alguns anos, mas acho que aprendi muito com meus familiares sobre o tema. A pergunta da minha amiga é simples: qual a melhor opção para financiar um imóvel?

Resposta: depende, a meu ver, do seu perfil e de quanto terá de emprestar para financiar o imóvel. Informar-se é fundamental, então reuni aqui uns links para o HSBC e o Real. De quebra aqui vão algumas dicas.
  1. evite financiamento longo demais – entendo que não é uma maravilha financiar 100% de um imóvel, pois mesmo taxas mais leves de 9% ao ano fixa aumentam em muito o valor de um imóvel ao longo dos anos. Exemplo: com a cobrança de juros sobre juros, 9,0% em uma ano mais 9,0% em outro ano não dá 18,0% por dois anos. Dá 18,81%. E 0,81% sobre um dívida de R$ 200 mil representa R$ 1620 a mais na dívida. Desta forma, recomendo guardar uma boa quantia para um sinal.
  2. comprar na planta é algo que me dá medo. Muita gente faz e é, no fim, uma coisa muito sensata. Ao invés dos seus recursos serem usados para comprar um imóvel prontinho e também todos os custos financeiros para construí-lo, você começa a bancar a construção desde o início. O resultado é que, teoricamente, o cliente mata uma série de gastos financeiros da obra. O construtor, por exemplo, não terá de recorrer a um empréstimo para levantar um prédio sem saber por quanto venderá cada unidade. O construtor usará os recursos dos próprios moradores. O que me dá um frio na espinha nestes projetos é que você está comprando algo que, até então, não existe. Um colega meu sofreu com falência de uma incorpordora. Aguardou por anos por um ressarcimento e conseguiu, mas não sei se foi integral e com os merecidos juros. Para mim, contudo, ficou um pouco o trauma...
  3. não trapaceie na renda mensal. Há quem faça de tudo para provar ao banco que tem uma renda familiar superior a real para obter o empréstimo para o imóvel. Comprometer mais de 30% da renda mensal pode ser um fim a diversos outros projetos pessoais e profissionais relevantes, tais como viajar e estudar. Além disso, uma eventual perda de rendimento seria o caos!
  4. outras alternativas. Se possível, disclipline-se para guardar uma boa quantia para um sinal gordo. Outro caminho é pensar em um consórcio imobiliário, o qual já comentei aqui.

Se tiver alguma orientação, por gentileza, comente. Afinal, ninguém quer que o sonho do imóvel vire um monte de ruínas...

2 comentários:

RobsonFrança disse...

Tenho algumas sugestões. Eu não sou um "expert" no assunto, mas já passei por muitas coisas até chegar no ponto que estou hoje (pagando a casa pela CEF):

1. Comprar da planta é bem interessante, mas recomendo comprar de cooperativas. É mais seguro e possui uma boa relação custo-benefício

2. Guardar dinheiro para um sinal é fundamental. Quanto mais, melhor. Se possível tente obter de 15 a 30% do valor do imóvel para usar como sinal. Minimiza bastante o tempo de financiamento e/ou o valor das parcelas.

3. Atualmente o único modelo de correção das parcelas é o SAC (Sistema de Amortização Constante). Os juros são calculados do saldo a ser pago. Em outras palavras, a parcela a ser paga vai diminuindo. É uma opção interessante, se você conseguir aguentar o tranco inicial. Por exemplo, minha parcela da casa começou em 900 reais e, após dois anos, está em 750 reais

4. Guardar dinheiro, ou investir de maneira inteligente o dinheiro que "sobra" todo mês também é interessante. Tente encontrar um investimento que dê um retorno próximo aos juros utilizados no financiamento.

5. A Caixa Econômica Federal é muito severa no que diz respeito aos contratos que efetua. Fazer um contrato pela CEF costuma ser um bom negócio, porque os malandros não têm vez.

Acho que é isso. Abraços e Boa Sorte

Liv Lamet disse...

Caríssimo Robson França, agradeço em muito a sua colaboração. Tanto que após abordar ações nos próximos dias irei postá-la na home do blog, citando a fonte. Abração! Liv